Avaliação in vitro e in silico do potencial anti-Paracoccidioides brasiliensis de chalconas sintéticas
Nome: GIULIANO DA CONCEIÇÃO PEREIRA
Data de publicação: 29/02/2024
Banca:
Nome | Papel |
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JULIANA BARBOSA COITINHO GONCALVES | Examinador Interno |
LEONARDO BRUNO FEDERICO | Examinador Externo |
RITA DE CASSIA RIBEIRO GONCALVES | Presidente |
Resumo: A busca por novos compostos terapêuticos é essencial para melhorar o estado clínico dos pacientes e oferecer tratamentos com mínimos efeitos adversos. As chalconas, que são substâncias derivadas de fontes naturais ou sintéticas e pertencem à classe dos flavonoides, têm despertado crescente interesse devido à sua ampla gama de atividades biológicas, incluindo propriedades antitumorais, antioxidantes, anti- inflamatórias, antivirais, antibacterianas e antifúngicas. A espécie de fungo Paracoccidioides brasiliensis é responsável por causar a doença paracoccidioidomicose (PCM), uma infecção fúngica sistêmica que pode causar sequelas graves e até mesmo levar à morte. As estratégias terapêuticas atuais para infecções fúngicas sistêmicas são demoradas, caras e associadas a graves efeitos colaterais. Um banco de dados contendo 21 chalconas que foram sintetizadas e doadas foi desenvolvido e testado in silico para avaliar seus atributos farmacocinéticos, revelando alta lipofilicidade, absorção gastrointestinal e capacidade de atravessar a barreira hemato-encefálica. Além disso, as chalconas demonstraram baixa similaridade de Tanimoto com as substâncias atualmente usadas para tratar PCM. A previsão das atividades das chalconas em relação aos alvos moleculares no metabolismo fúngico, juntamente com o docking molecular, revelou interações relevantes, especialmente com a enzima fumarato redutase. Os resultados in silico foram analisados e os cinco compostos de melhores resultados foram selecionados para os testes in vitro. Esses compostos demonstraram atividade antifúngica moderada, com Concentração Inibitória Mínima (CIM) variando entre 32 e >128 g/mL. Nos ensaios de citotoxicidade, os cinco compostos mostraram valores reduzidos de IC50, indicando alta citotoxicidade com valores distintos pré e pós metabolização. Apesar das características promissoras, o estudo sugere que é necessário otimizar a relação estrutura-atividade das chalconas para que com estudos posteriores possa ser avaliada sua eficácia como fármaco contra a paracoccidioidomicose.