Determinação do perfil químico por metodologias analíticas e atividade anticancerígena e antibacteriana de extratos aquoso e alcoólico de própolis comercial
Nome: MATHEUS MACHADO VILHAGRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 21/10/2021
Orientador:
Nome | Papel |
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RICARDO MACHADO KUSTER | Orientador |
RODRIGO REZENDE KITAGAWA | Co-orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ANNE CAROLINE CANDIDO GOMES | Examinador Externo |
CLAUDIA MASROUAH JAMAL | Examinador Interno |
RICARDO MACHADO KUSTER | Orientador |
Resumo: A própolis é um produto apícola resinoso, cuja matéria-prima para sua produção é coletada por abelhas a partir de várias fontes vegetais. No comércio são conhecidas as tinturas alcoólicas, as quais são as mais comuns, mas também os extratos aquosos. Neste trabalho, duas estratégias foram delineadas para investigação, de dois grupos de amostras, um grupo com objetivo de comparar a utilização de diferentes solventes (água e etanol) para confecção dos extratos de própolis verde, para essas amostras foram investigadas a atividade antibacteriana sobre Helicobacter pylori, a atividade anticancerígena (câncer gástrico) e a composição química. Na avaliação da composição química através da CG-EM (cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas) ambos os extratos apresentaram fenilpropanóides, ácidos graxos saturados e insaturados e triterpenos. Do ponto de vista biológico, a própolis verde aquosa foi considerada mais tóxica para macrófagos murino RAW, (CI50 59,2 μg/ml x 138,0 μg/ml) e ambas citotóxicas para células de câncer gástrico (IC50 46,1 μg/ml x 53,3 μg/ml). Entretanto, não foram consideradas ativas para a bactéria Helicobacter pylori, uma das causas atribuídas ao câncer gástrico. Na segunda estratégia 5 tinturas de diferentes tipos de própolis, entre elas, própolis verde, própolis marrom, própolis vermelha, uma mistura de própolis marrom, verde e vermelha e uma última amostra na qual o fabricante não determinou o tipo de própolis utilizado, tiveram sua composição química comparadas em duplicata por FT-ICR EM, em três fontes de ionização eletrospray no modo positivo e negativo e ionização por pressão atmosférica química no modo positivo, com o objetivo de encontrar o melhor método de ionização em espectrometria de massas para classificar amostras desconhecidas de própolis quanto ao tipo, submetidas aos mesmos testes biológicos das primeiras amostras e também avaliadas quanto a capacidade antioxidante através do sequestro do radical DPPH na tentativa de relacionar sua composição química com a possível atividade anti oxidante. Através da quimiometria (Análise de Componentes Principais PCA), os espectros de massas de cada amostra em cada modo de ionização. Desse modo observou-se que sem seleção de variáveis as amostras de própolis marrom, verde e de origem desconhecida sem aproximavam, enquanto as amostras de própolis vermelha e misturada se aproximavam entre si. Essas amostras também foram submetidas aos testes de atividade antibacteriana sobre Helicobacter pylori e a atividade anticancerígena (câncer gástrico), em relação à atividade citotóxica sobre células saudáveis, a própolis vermelha foi considerada a menos tóxica (93,64 ±2,36 μg/ml) sobre macrófagos murino RAW, enquanto a própolis misturada foi a mais tóxica (61,66 ±2,53 μg/ml). Já para as células cancerígenas, AGS, a própolis vermelha foi a mais tóxica (38,62 ± 1,11 μg/ml), o que resultou no maior índice de seletividade para ela (IS2,42) em comparação com os demais tipos de própolis. Através do teste de DPPH não foi possível relacionar a ativade antioxidante a atividade biólogica de cada amostra.
Palavras-chave: propolis, Helicobacter pylori, câncer gástrico (AGS), perfil químico, quimiometria.