Campus de Maruipe, Vitória - ES

Estudo químico biomonitorado de quatro espécies da família Myrtaceae

Nome: TAYANE FARDIM CORRÊA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 30/07/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
CLAUDIA MASROUAH JAMAL Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CLAUDIA MASROUAH JAMAL Orientador
DÂMARIS SILVEIRA Examinador Externo
JOAO VICTOR DUTRA GOMES Examinador Externo

Resumo: Mata Atlântica é um dos biomas brasileiros mais biodiversos e possui domínios importantes, como os manguezais e restingas. Dentro das restingas, uma das famílias mais expressivas em número de espécies é a família Myrtaceae. Contudo, algumas das espécies nunca foram estudadas do ponto de vista fitoquimico. Portanto, o objetivo deste trabalho foi determinar o perfil químico das partes aéreas das espécies Myrciaria tenella (DC.) O.Berg, Myrcia splendens (Sw.) DC, Myrcia neuwiedeana (O.Berg) E.Lucas & C.E.Wilson. e Myrcia neobrasiliensis A.R.Lourenço & E.Lucas e avaliar a capacidade antioxidante e de inibição de enzimas envolvidas na metabolização dos carboidratos,. O perfil químico foi determinado por meio de análises cromatográficas e espectrométricas, como GC/MS e ESI(-)FT-ICR MS. As atividades biológicas foram determinadas por meio de métodos espectrofotométricos, frente aos radicais sintéticos ABTS e DPPH e a atividade de inibição das enzimas foi determinada frente duas enzimas, a α-amilase e a α-glicosidase. Foram analisados os extratos brutos metanólicos das partes aéreas de cada espécie, bem como suas respectivas frações hexânicas, diclorometanólica, acetato de etila e aquosas. Por GC/MS foi possível identificar a presença de compostos sesquiterpênicos e triterpênicos nas frações hexânicas. Da fração acetato de etila da espécie M. neuwiedeana foi possível isolar e identificar dois triterpenos pentacíclicos, α-amirina e β-amirina. Pela técnica de ESI(-)FT-ICR MS foi possível identificar diversos ácidos fenólicos e flavonoides nos extratos metanólicos e frações acetato de etila. Foram identificadas a presença de galato de metila e ácido quínico em todas as espécies e compostos como quercetina, miricetina, quercitrina, miricitrina e ácidos triterpênicos nas espécies do gênero Myrcia. Todas espécies apresentaram expressivas capacidades antioxidantes, principalmente por parte dos extratos brutos e das frações mais polares. As frações acetato de etila da M. splendens (IC50 = 0,43 ± 0,06 μg/mL) e da M. neobrasiliensis (IC50 = 0,42 ± 0,09 μg/mL) foram as mais ativas no ensaio com o radical ABTS, apresentando atividade antioxidante estatisticamente semelhante ao padrão de ácido gálico (IC50 = 0,31 ± 0,02 μg/mL). Na análise de inibição das enzimas, todos os extratos brutos foram capazes de inibir a α-glicosidase, sendo o extrato de M. splendens o mais ativo (IC50 = 2,96 ± 0,16 μg/mL), e as frações mais polares foram as mais ativas frente a α-amilase, sendo que as frações aquosas da M. splendens (IC50 = 1,61 ± 0,12 μg/mL) e da M. neuwiedeana (IC50 = 5,74 ± 0,79 μg/mL) apresentaram os melhores resultados dentre elas, com atividades próximas ao do padrão de acarbose (IC50 = 1,41 ± 0,26 μg/mL). O presente trabalho relatou pela primeira vez aspectos químicos e atividades biológicas apresentados por essas espécies, com resultados que demonstraram uma grande diversidade química e promissores resultados biológicos, o que reafirma a grande importância das espécies da família Myrtaceae e contribui diretamente para o conhecimento da flora brasileira.

Palavras-chaves: Myrtaceae; fitoquímica; atividades biológicas

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