Estudos in vitro e in silico de chalconas com potencial anti-Helicobacter pylori, anti-inflamatório e antitumoral
Nome: JÉSSICA RODRIGUES PEREIRA DE OLIVEIRA BORLOT
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 31/08/2020
Orientador:
Nome | Papel |
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RODRIGO REZENDE KITAGAWA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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DANIEL FÁBIO KAWANO | Examinador Externo |
RODRIGO REZENDE KITAGAWA | Orientador |
WARLEY DE SOUZA BORGES | Examinador Interno |
Resumo: Helicobacter pylori é uma bactéria Gram-negativa que coloniza a mucosa gástrica de 50% da população mundial, sendo considerado o principal agente etiológico da gastrite crônica e úlcera péptica humana. A infecção por H. pylori também é associada ao câncer gástrico, representando 75% dos casos. Considerando a necessidade pela busca de tratamentos alternativos a infecção por H. pylori, avaliou-se, nesse estudo, as atividades anti-H. pylori, antiinflamatória e antitumoral de uma série de 14 chalconas obtidas por síntese orgânica. A atividade anti-H. pylori foi avaliada através da determinação da concentração inibitória mínima (CIM), bactericida mínima (CBM) e por meio da avaliação da inibição da enzima urease. Avaliação de alterações na morfologia de H. pylori foi realizada através de microscopia eletrônica de varredura (MEV). Para a atividade antiinflamatória, foi avaliada a inibição na produção de óxido nítrico (NO) em macrófagos estimulados por LPS. Avaliou-se também a ação citotóxica sobre células de adenocarcinoma gástrico (AGS) pelo método de MTT-tetrazólio. Estudos in silico foram conduzidos para avaliar o potencial de interação das chalconas sobre a urease e iNOS, além da busca por alvos antitumorais. As chalconas mais ativas mostraram CIM variando de 8 a 64 μg/mL. Em relação à enzima urease, não foi verificada atividade inibitória significativa das amostras e nem interações favoráveis no sítio ativo da enzima. Alterações morfológicas em H. pylori foram observadas para as chalconas mais ativas sugerindo a atuação em Proteínas de Ligação a Penicilina (PLPs). As amostras inibiram a produção de NO em macrófagos estimulados por LPS e demonstraram, in silico, potencial de interação no sítio ativo da enzima iNOS. Além disso, a maioria das chalconas avaliadas demonstraram significativa atividade citotóxica sobre células AGS (IC50 variando de 1,07 a 47,95 μg/mL), comparadas ao padrão cisplatina. A busca por alvos antitumorais indicou alta probabilidade das chalconas avaliadas de apresentarem atividade frente à caspase-3, especificamente inibindo Bcl-2, sendo esta atividade avaliada por docking molecular. Assim, os resultados sugerem que essas chalconas, apresentam potencial para serem utilizadas como candidatas a novos e efetivos fármacos no controle de H. pylori e das doenças a ele associadas.
Palavras-chave: Chalconas, Helicobacter pylori, inflamação, câncer gástrico, docking molecular.